domingo, 27 de dezembro de 2009
Apenas gosto de lembrar...
amo quando desliza suas mãos impúdicas
Sobre meu corpo despido
Numa fria naturalidade de seu quarto
E quando demontras seu prazer
Molhe-me com esta sua fome de amor uma outra vez
E tantas outras vezes que virão
Deixe que eu te guie
Me sinta por completo
Por que eu,
Apenas com este amor que lhe jurei
Entrego-me a ti
E tua eu serei para o resto de nossas vidas
Apenas deixe que eu te guie.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Cena II
Elodia e Pierrot
PIERROT- (saindo de trás das cortinas) Olá minha senhora.
ELODIA- Olá Senhor, me desculpe entrar tão repentinamente neste teatro sem avisar. Se lhe atrapalhar poderei sair de muito bom grado.
PIERROT- Não, de modo algum!
Este teatro é a morada de todos os artistas, todos aqueles que apreciam a arte são muito bem vindos aqui.
ELODIA- Neste caso muito obrigada, pretendo trabalhar aqui.
Quem sabe algum dia consigo alcançar algum nível artístico!
PIERROT- Se me permite dizer, creio que já o alcançou!
Possui a voz de um anjo!
ELODIA- Muito obrigada, mas não chega a tanto, estava apenas cantando canções populares, nada de extraordinário, nada que mereça algum elogio.
PIERROT- Minha senhora, lhe garanto que meus elogios são sinceros! (fecha a mão por alguns segundos, quando abre surge uma rosa)
ELODIA- (surpresa) Magnífico!
PIERROT- (entrega-lhe a rosa) Para o mais belo anjo...
ELODIA- (encabulada) Obrigada mas sinto não poder aceitar.
PIERROT- Oh! Não cores de pejo!
Aceite essa rosa como símbolo de um sentimento que surgiu em meu peito, quando avistei uma bela senhora que cantava a mais sublime melodia. Enchia-me meus olhos e embalava-me os ouvidos.
ELODIA- Me desculpe senhor... não posso aceitar!
[Elodia desce do palco em direção à porta]
PIERROT- Diga-me ao menos como se chamas! Preciso saber o nome de minha musa!
domingo, 30 de agosto de 2009
ATO I
CENA I
Teatro vazio
Elodia no palco e Pierrot atrás da cortina
ELODIA- (cantando)O amor voa por toda parte,
Está em mim está em ti
Amantes unam-se como devem
Provem da paixão!
Venha meu amor,
Venha a mim
Mostre-me como é bela a vida
E eu lhe mostro como é belo o amor!
PIERROT- Meu deus... que melodia é essa que invade meus ouvidos?
ELODIA- (cantando) Em meu peito
São muitos suspiros
Por tua beleza
Por teus beijos
No meio do sentimento
Está você
Venha me buscar
Leve-me contigo
PIERROT- (Espiando por entre as cortinas) Minh’alma não crê em meus olhos
Eis o mais belo anjo
Uma criatura divina
Ai! Ilumina minhas trevas!
ELODIA – (cantando) Vem, amante,
com alegria
vem, vem, linda.
estou morrendo!
Onde está
meu antigo amor? Ah!
Aqui estou!
Oh! Quem irá me amar?
PIERROT – Uma deusa, um presente dos céus!
Espereo tanto por ti
Meu pequeno coração
Você o quer ter?
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
Por que brilham teus olhos ardentes?
Ah! Que olhos!
Nesses olhos que torno a mergulhar
E neles continuo a vagar inconscientemente
Que desgraça a minha!
Para que escrever tanto poema
Se tu, minha vida
Nunca deles saberá?
Para que prosseguir
Se além de perder a razão
Minha febre ainda não cessou
E neste leito devo continuar
Ah! Loucos sonhos de mulher!
O que tenho provado nesse mundo...
Quantos gozos da vida deixei para trás
Tantas esperanças vãs as que me restaram
E por essa janela que só nuas árvores vejo
Ainda acredito que tu não fostes
Já não há mais tempo
Se tu fostes, fostes
Neste peito desnudo que derramavas teu suor
Não repousará mais
Este ais que respiro
Você nunca sentirá
Logo tudo abandonarei
Definhará meu corpo
Fugirá minh’alma
Que no vazio desta noite
Apenas a tua seguirá .